As origens e a evolução histórica
História
As origens e a evolução histórica:
A origem da palavra Tavarede continua ainda hoje a não ter uma explicação completamente esclarecedora.
Poderá derivar da palavra de origem latina “Tabes” que significa humedecer, apodrecer, decompor. Tavarede está situada em terras que foram pantanosas, húmidas e doentias. Não podemos esquecer que o sufixo “Etum”, além de significar conjunto de vinhas, também significava conjunto de mosquitos ou moscas. Terá sido “Tabes” (terra pantanosa) mais “Etum” (conjunto de mosquitos) a origem do nome de Tavarede?
Também é possível que o topónimo “Tavaredvi”, do século XI, seja um locativo que se relacione com Távora “antigamente Távara” de que tenha derivado.
O que se sabe é que a povoação é de origem antiquíssima, tendo sido despovoada pela acção dos muçulmanos que, presume-se, além de terem dado origem ao despovoamento, pela fuga das populações, terão destruído a mesma, incluindo a já então existente igreja de S. Martinho de Tavarede.
Esta breve resenha histórica parece-nos importante para este trabalho, pois, a primeira vez que, em documentos até hoje encontrados, aparece o nome de Tavarede, é numa doação em que em 1092, D. Elvira, filha do conde Sisnando, e seu marido, o então governador de Coimbra, fazem “de loco sancti Martini in villa Tavaredi” ao prócer D. João Gosendis, opulento senhor que era especialmente herdado na Beira Alta (actual concelho de S. Pedro do Sul), mas que foi um dos magnates da corte do conde Sisnando.
Mais tarde, em 1191 da era de Cristo, nova doação é feita. Desta vez, foi o segundo rei de Portugal, D. Sancho I e sua mulher, a rainha D. Dulce, que coutaram e doaram à igreja de Santa Maria de Coimbra a “villa que se chama Tavarede e está situada na borda do mar”.
Foi pouco depois que, com a instituição da casa de Tavarede, começaram as lutas pela posse de privilégios sobre o couto de Tavarede que a igreja de Coimbra, como donatária, queria manter, e de que os fidalgos, pelo seu poderio, se consideravam isentos.
Foi D. Manuel I, por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves, etc., que, no ano de 1516, deu Foral a Tavarede. Por essa altura foi fundada por António Fernandes de Quadros a “Casa de Tavarede”, que seria titulada pela família Quadros até ao terceiro conde de Tavarede, extinguindo-se o título com o falecimento deste último em 1903.
No séc. XVIII havia aqui três ermidas do senhor do Areeiro, do senhor da Chã e de Santo Aleixo (esta, da Universidade), todas bem-dotadas de rendas, por doações, mas das quais só havia ruínas nos fins do séc. passado, bem como do mosteiro de monjas Franciscanas de Santo António, de Nossa Senhora da Esperança, fundado em 1527, com protecção de D. João III.
O concelho de Tavarede acabou em 1834, extinto pelo Liberalismo. Já desde o decreto pombalino de 12 de Março de 1771, que criara a Comarca da Figueira da Foz, pertencia a esta, contrariamente ao privilégio antigo do couto.
Heráldica:
Escudo de prata, duas máscaras de teatro, cómica e trágica, de azul, a da dextra em banda e a da sinistra em barra, com as fitas de vermelho, entre uma lira de púrpura em chefe e um ramo de lúcia – lima, de verde, florido de sua cor. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com a legenda a negro “ TAVAREDE “.
Obs.
O Brasão da Freguesia mantém as 4 torres, que lhe advém de já ter tido a qualidade de sede de Concelho e Vila pelo que se propõe a sua requalificação.
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Tavarede
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